Segundo os “falcões” norte-americanos, a Ucrânia necessita dessa assistência para se proteger contra um possível ataque da Rússia.
A chamada ajuda “não-letal” à Ucrânia em que está insistindo o Pentágono é tudo o que não pode disparar mas que é essencial em caso de hostilidades: coletes à prova de balas, equipamentos de visão noturna, combustível. Os EUA prestam tal assistência a muitos países, principalmente através da USAID – a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que é conhecida por sua promoção de forças antigovernamentais e rebeldes em diversas regiões do mundo. A organização apoia fortemente a oposição síria e trabalhou também no Afeganistão.
Especialistas acreditam que a tomada de uma decisão sobre a Ucrânia significa o início nesse país do roteiro sírio de desenvolvimento da crise. Tais passos só irão agravar a situação, acredita o editor-chefe da revista Arsenal da Pátria, Viktor Murakhovsky:
“Os “falcões” norte-americanos, o mesmo general Wesley Clark (comandante das forças da OTAN durante o conflito no Kosovo em 1998), estão bem conscientes de que a ajuda dos EUA, como mostra a prática, incentiva os atuais dirigentes a ações mais radicais. Eu não acho que o trabalho no âmbito de um tal pacote de ajuda vá levar a uma pacificação da situação na Ucrânia. Pelo contrário, isso, de fato, levará à eclosão de uma guerra civil”.
Tal desenvolvimento, obviamente, não vai deixar a Rússia indiferente. Se os EUA continuarem a patrocinar aqueles que chegaram ao poder na Ucrânia e que hoje estão voltando as armas contra a população civil no Sudeste do país, Moscou terá que intervir mesmo contra sua vontade, acrescenta Murakhovsky:
“A reação da Rússia é conhecida pela experiência de 2008. Nós alertamos que tal ajuda é provocatória, até certo ponto limitamo-nos a declarações diplomáticas. Mas quando se cruza uma certa “linha vermelha”, somos capazes de demonstrar ações muito decididas. E neste caso – como foi em 2008 – esses equipamentos norte-americanos caem em nossas mãos e ficam em nossos museus militares”.
Como imprudentemente contou a secretária adjunta de Estado, Victoria Nuland, os EUA já investiram no chamado movimento pró-europeu Maidan 5 bilhões de dólares, agora a USAID enviou outros 11,4 milhões para a realização das eleições ucranianas. Além do trabalho na Ucrânia, Síria e Afeganistão, a agência prestou assistência a “revolucionários ” na Líbia, Tunísia e Iêmen, assim como ao grupo extremista Irmandade Muçulmana que em 2011 chegou ao poder derrubando o presidente Hosni Mubarak.
Será estamos caminhando rumo a uma guerra mundial ? (espero que não)
Fonte: Voz da Rússia
Nenhum comentário